sexta-feira, janeiro 11, 2013

Three and a Quarter - Chubby Dubby

 
Paradise Garage, 1 de Abril de 2004.

«Com a entrada dos Three and a Quarter o público aflui à boca do palco, e aos primeiros acordes já tudo saltava e pulava, ainda fresquinhos e de garganta saciada. Verdade seja dita, a música deste trio do mundo, puxava até pelo espectador mais céptico. Nos sons que os instrumentos cuspiam, os Three and a Quarter encontravam os Sublime, e surfava-se pelas cabeças do público. No final, a sonoridade mudou um pouco, e deixou desconfiados alguns dos presentes. De qualquer maneira, os moços merecem nota positiva. Já agora, alguém sabe o que é que o baterista/baixista trazia às costas?»

Começou assim a minha aventura Three and A Quarter. Aguardava a entrada dos Primitive Reason, quando vejo os três "moçoilos" a subir ao palco (eram o 2º opening act). Escutei, aplaudi, mas como a noite era dos Primitive não pensei mais no assunto. Foi só no dia seguinte, quando me sentei ao PC para escrever as linhas acima, que comecei a assimilar aquilo que tinha escutado. "Aquilo até era porreiro" - pensei eu - "vamos lá ver se se encontra qualquer coisa". E encontrei Chubby Dubby, o primeiro, e até agora, único álbum dos Three and A Quarter. Viciei-me de tal modo neste disco que cerca de um mês depois, lá estava eu nas primeiras filas em frente ao palco do Santiago Alquimista, mas desta vez com aquele prazer de reconhecer as canções aos primeiros acordes. E foi o delírio. Mais tarde, voltei a apanhá-los no Festival Tejo 2004, e, mais recentemente, no Festival Oeiras Reggae, onde tive direito a T-Shirt, autocolante e CD autografado.

Mas mais do que descobrir uma banda (e os Three and A Quarter são já uma das minhas bandas portuguesas predilectas), descobri também um mundo. Com os Three and a Quarter vieram os Humble e os Contratempos. E estes três juntos trouxeram-me The Skatalites, Laurel Aitken, Ernest Ranglin, Desmond Dekker, Lee Perry, a Trojan e a Studio One, entre outros. E descobri que o Ska é muito mais do que eu imaginava. Do género... cem vezes mais.


publicado originalmente no blog Os Discos das Nossas Vidas, pelo J, a 8/Novembro/2005, mereceu os seguintes comentários:

musical doctor disse...
oh meu caro, mas é com IMENSO prazer que eu leio este post, principalmente a frase final! :] efectivamente o ska é 100 vezes mais do que aquilo que a maioria das pessoas pensa e fico contente por teres vito a luz através da banda onde toco: os contratempos :] já agora visita o movimento criado por mim em http://movimentoska.no.sapo.pt espero que curtas. fica bem
Luís
MOVIMENTO SKA

J disse...
Exmo Sr. Dr.
Muito obrigado pela visita e pelo comentário. E muito obrigado por me teres feito ver a luz :D
Já tive o prazer de vos ver ao vivo (no Ská de Cá) e foi sem dúvida um prazer...
Abraço

João D. disse...
bem, eu não sou o maior fã de ska do mundo, mas realmente nutro alguma simpatia pelo género. Acrescentaria a esses nomes todos os slackers tá claro. Quanto às bandas nacionais, acho óptimo que tu as tenhas conhecido através de outra, ainda por cima nacional. Sobretudo porque são bandas que valem muito a pena. O disco de contratempos então está qualquer coisa... muito boa onda que aquela gente tem. gostei do blog a ver se passo cá mais vezes.

Hyug Badox disse...
O meu padrinho de casamento tocou nesta banda... f#%@-$&, como o mundo é pequeno !!!

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